sábado, 29 de janeiro de 2011
A arte de calar
"Alguns calam-se por timidez, outros por lhes faltarem as palavras, há ainda os que se calam para ouvir melhor. Há também os que se calam por se reconhecerem diante de um mistério. Enfim, há sempre um ou outro motivo que oriente o acto de calar, no entanto, mais do que se possa imaginar, o silêncio é pleno de significado e está sempre comunicando algo e enviando uma mensagem. O acto de "calar" é um comportamento que comunica, pois, ao contrário do que se possa pensar, é impossível ao ser humano não comunicar, inclusive no silêncio. Tanto um grande e eloquente discurso, como uma greve de silêncio, passam uma mensagem. O acto de falar e o de calar precisam um do outro, pois quem fala quer ser ouvido, e para ouvir é preciso calar. Alguém que se cala diante de um outro que fala pode assumir este comportamento por diferentes razões, como: "interesse pelo assunto", "timidez", "fuga de conflitos", "falta de disposição para a conversa" etc. Se o formos perspicazes e atentos a esta mensagem que nos passa o ouvinte, poderemos assumir um novo comportamento, se percebermos que isso nos convém. O silêncio não é ausência, mas plenitude de comunicação. Devemos evitar o silêncio negativo do mau-humor, da agressividade, do desgosto, da raiva. É um silêncio que não agrada a a ninguém. O silêncio só é válido quando é escuta, amor. Quando é amor, o silêncio fala. Quando é desamor, o silêncio agride. Arrisquemo-nos, pois, nesta arte de calar por amor. Mesmo se até hoje demos motivos não muito positivos ao acto de calar, é sempre tempo de recomeçar!"
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