quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Gente


"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
(...)
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente".


"Quando a vida nos proporciona «paragens», «silêncios», «viagens» no tempo e na história, facilmente nos confrontamos com verdades.
Com efeito, quando a vida é um coleccionar de coisas banais e vulgares, quando viver é deixar acontecer, pura e simplesmente, demitindo-nos de protagonizar sentimentos, projectos, sonhos, não é difícil sentirmo-nos vazios, ocos, desprovidos de sentido, de essencial...
Quando não temos medos de olhar o passado, mais ou menos recente, claramente podemos reconhecer que, verdadeiramente «há gente que fica na história da história da gente». E essa experiência, essa possível saudade, é benéfica, positiva e salutar.
Necessariamente para alguém crente, advém depressa a dimensão da gratidão. Gratidão por Deus ter colocado nos nossos caminhos, nas nossas histórias, «gente que fica na história da história da gente».
Muitas, poucas, suficientes, que importa?
Uma que fosse, uma única vida que fosse, que possamos recordar, que sintamos que marcou definitivamente a nossa história pessoal, já valeu a pena esse encontro, mesmo que presseguido por um qualquer desencontro, mais ou menos demorado.
Gente que nos fez acreditar, gente que nos apontou caminhos e metas, gente que por nós e connosco sorriu, chorou, sonhou, gente que nos soube abraçar no momento certo e a quem pudemos abraçar com carinho, ternura, amizade, cumplicidade... Gente que ficou na história da gente.
Gente que criou em nós e nós neles emoções, sentimentos, esperanças, gargalhadas, pureza de coração, ousadia de atitudes, gente «que marcam a alma e a vida da gente».
Homens e mulheres, crianças, jovens, rostos concretos que cabem no meu coração.
Histórias bonitas de gente que me ensinou - e ensina - que o amor - nas suas múltiplas traduções - são o mais belo tesouro que podemos almejar possuir para poder depois partilhar. Histórias de gente que passou e passa neste coração e que me deixam desassossegado na medida em que incentivam à descoberta e redescoberta desse mesmo amor como pêndulo de equilibrio na minha própria vida.
Gostaria - mas jamais o posso fazer - de aqui deixar nomes, histórias, rostos, episódios, sonhos, lágrimas, sorrisos, afinal, «gente que fica na história da história» desta gente que também sou.
Creio, creio nessa humanidade, nessas gentes que fazem do amor, da verdade, dos sentimentos, da amizade verdadeira, hinos à existência, razões de suspirar cada segundo da vida...
A essa «gente que fica na história da história da gente», esta noite, gostava de a presentar com um abraço apertado, firme, forte, segregando-lhes aos ouvidos: «gosto de ti, preciso de ti»."

2 comentários:

Cecilia eusébio disse...

GOSTO DE TI, PRECISO DE TI!
são palavras que me preenchem o coração e aí é a riqueza do Amor de Deus.
Quando o Amor toca verdadeiramente eu tenho sempre um miminho para dar ao irmão!
Obrigada Manela, porque sinto o teu Amor!
E tens muito mais para dar!
Deus nos abênçoe!
Forte abraço e beijinhos

Emilia Ferreira disse...

amiga k coisa linda. amei. precisamos crer nas pessoas k nos indicam qual o caminho para a meta do bem. o mal ñ pode nos confundi. kero ser gente k fica na istoria da gente.
beijos no seu coração