Há uns dias atrás escrevi sobre “saber escutar”. Hoje, pergunto-me a mim própria se o saberei fazer.
Ontem as palavras ficaram recolhidas num qualquer recanto de mim, presas entre o choque e a tristeza.
Gostaria de ter pronunciado a palavra certa e adequada ao momento, aquela que quando bem escolhida levanta as muralhas do desalento e dota a quem as escuta duma força capaz de mover montanhas.
Gostaria de ter tido a capacidade de dar um conselho que conseguisse mostrar uma luz, um caminho...
Queria ter dito que a Deus nada é impossível, que Deus tudo pode, que tudo se resolve com fé e persistência... mas não disse...Não me ouvi! Quanto muito, balbuciei meia dúzia de palavras...
Ontem as palavras ficaram recolhidas num qualquer recanto de mim, presas entre o choque e a tristeza.
Gostaria de ter pronunciado a palavra certa e adequada ao momento, aquela que quando bem escolhida levanta as muralhas do desalento e dota a quem as escuta duma força capaz de mover montanhas.
Gostaria de ter tido a capacidade de dar um conselho que conseguisse mostrar uma luz, um caminho...
Queria ter dito que a Deus nada é impossível, que Deus tudo pode, que tudo se resolve com fé e persistência... mas não disse...Não me ouvi! Quanto muito, balbuciei meia dúzia de palavras...
Ao chegar a casa, rebobinei o tempo e fiz-lo andar para trás. Numa tentativa de me entender rebusquei na memória aquele quase monólogo, tentando ver em mim um olhar que falasse mais do que o meu silêncio. Não me consegui visualizar. Porém, recordei meus braços, que se abriram num abraço de amparo e protecção, como que corrigindo o vazio deixado pelas palavras que não fui capaz de dizer...