QUANDO O CORAÇÃO DÓI

Quando dói o coração, todo o corpo dói.

Por que permito que as pessoas entrem assim tão dentro de mim a ponto de saírem carregando um pedaço de mim?
Por que me dou tanto, me entrego tanto, deixo os meus sentimentos nas mãos pouco cuidadosas?
Devería aprender a ficar na margem, olhando de longe a paisagem calma. Mas não me satisfaz olhar, quero participar.
Humana que sou, preciso absolutamente sentir, o risco de me afogar… e mergulho inteiramente.
E, vida afora, vou mergulhando em promessas de amizade e mar de rosas.
Não me questiono sobre probabilidades de perdas e decepções, pois só de pensar já é doloroso.
Dói!…
Mas isso não vai me impedir de continuar, não vai me impedir de viver.
Pedaços de mim são ainda partes de mim e ninguém disse que preciso chegar à velhice inteira e sem marcas.
Isso é vida!!!
Não desistir, manter-me de pé, doendo, mas de pé,
Cabeça erguida, firme e peito cheio de esperança que a próxima vez será diferente.
Faz parte da vida caminhar entre flores e espinhos, não me esquivo do caminho.
Caminho!
Amanhã talvez seja diferente. Ou talvez não.
Mas entre as subidas e descidas, vou ter sobrevivido.
E vou ter, sobretudo, vivido.