quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mãos erguidas


"Como outrora Moisés, que de mãos erguidas ao Alto assegurava o caminho do povo de Israel, assim hoje são as nossas mãos erguidas que sustentarão o caminho do mundo e da Igreja contemporâneas.



Como ontem aqueles braços levantados em prece e confiança, também agora precisamos de levantar os nossos a fim de permanecermos fiéis ao Evangelho do Reino que dizemos acreditar.


Quando «ontem» desfaleciam os braços de Moisés o resultado era o retrocesso do caminho percorrido, a perca no combate pela chegada à Terra Prometida, o desalento e a angústia no Povo da Aliança, no «hoje» e no «agora» da nossa peregrinação, sempre que cruzamos os braços, sempre que deixamos desfalecer ou amolecer a nossa vida de oração, o nosso espírito de piedade, os resultados não serão diferentes: retrocederemos na «estrada» da Vida verdadeira e em abundância que Deus tem para nos oferecer!


Quando rezar não é prioridade, sempre que adiamos o tempo da intimidade com Aquele que nos pode dar a paz, cada vez que trocamos "o eterno pelo instante", sucumbimos com demasiada facilidade na aventura divina de sermos sal e luz desta desorientada humanidade.


Sem oração, sem diálogo amoroso, confiante, abandonado, fiel, com o Senhor da Vida, poderemos até fazer, escrever, dizer, coisas belas; unidos a Cristo e a Cristo Crucificado, seremos, verdadeiramente, lugares da Beleza que Deus é. Aliás, apenas na medida das nossas mãos erguidas ao Céu, conseguiremos alcançar aquela margem outra a que somos desafiados chegar!


Só mãos erguidas e dadas ao Essencial poderão sustentar esta errante e anestesiada sociedade.


Apenas mãos levantadas ao Alto conseguirão manter a luminosidade própria da Igreja que Jesus sonhou e que havemos de edificar.


É verdade que já acontecem coisas belas na nossa vida, na Igreja, na História; mas não é menos verdade que poderíamos ser muitíssimo mais esses lugares de Beleza que somos desafiados a ser. Bastaria um pouco mais de oração. Um pouco mais de tempo dedicado Àquele que criou o mundo. Um espaço mais alargado para Quem nos entrega a Eternidade.


De mãos erguidas, de mãos dadas ao Céu, faremos o mundo experimentar a beleza da Igreja, tantas vezes obscurecida e desvirtuada, enegrecida e deformada, simplesmente porque andamos de «mãos a abanar», de «braços cruzados» quando a nossa missão será sempre aquela de Moisés: mãos erguidas para vencermos o bom combate da fé.


Se assim não acontecer, caminharemos para trás, perderemos o rumo do nosso peregrinar, sucumbiremos diante do peso do cada tempo.


De mãos erguidas, em prece e adoração, em louvor e gratidão, por tanto e por tudo, a vitória da Vida verdadeira está assegurada..."

2 comentários:

MaryzéSilva disse...

Olá.
Este último parágrafo diz tudo...
De mãos erguidas, em prece e adoração, em louvor e gratidão, por tanto e por tudo, a vitória da Vida verdadeira está assegurada..."

Beijinho.
Deus nos abênçõe!

Ana Maria Anunciação disse...

Olá,

Só jesus Cristo faz sentido,viver no Seu amor,erguer os braços e o olhar com humildade,rezar, louvar e pedir, Senhor Tu conheces o meu caminho,faz dele o que TU queres!
Nunca ME deixes cruzar os braços ,mas sim levantar com toda a fé e amor.

Abraços.