sexta-feira, 22 de junho de 2012



Sigo lentamente a minha caminhada.

Eis que diante de mim surge Alguém.
Não posso ver o Seu rosto, Seu semblante, não está nítido, parece meio envolto na neblina.
Sei que ele me olha fixamente.
Sinto-o.
... Um olhar profundo, penetrante.
Ele estende as Suas mãos na minha direcção.
Sinto um desejo incontrolável, quase desesperado de correr para Ele.
Ao me aproximar contemplo as Suas mãos, parecem-me feridas.
Oh sim. Vejo uma ferida profunda nas Suas mãos.
Sim, agora vejo nitidamente, são feridas profundas, parecem feitas por cravos.
Toco em suas mãos e então posso ver, elas foram trespassadas.
Estiveram pregadas numa cruz.
As lágrimas saltam dos meus olhos, sentidas, doridas, por Ele.
Então sei que tudo o que Ele passou foi por mim.
Lanço-me nos seus braços, lhe peço perdão. Sei que sou perdoada, sinto isso no seu abraço de Pai.

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