terça-feira, 22 de junho de 2010

Entrevista com o Papa João Paulo II



Por que o Rosário é chamado de “compêndio do Evangelho”?


João Paulo II: Porque os mistérios contemplados no Rosário: infância, vida pública, paixão, morte e ressurreição de Jesus, são a essência do Evangelho.


Qual é a atitude que prevalece nos mistérios gozosos?


JP II: É a alegria que se irradia do evento da Encarnação. Essa alegria está presente já na Anunciação (“Alegra-te, cheia de graça”), na visita a Isabel (João “estremeceu de alegria” no ventre da mãe), mas explode no nascimento (O Anjo aos pastores: “vos anuncio uma grande alegria”).


Qual é o sentido dos mistérios dolorosos?


JP II: Os mistérios dolorosos são o cume, o ponto mais alto da revelação do amor que Cristo tem para com os homens e constituem a fonte da salvação da humanidade.
Esses mistérios “levam a reviver a morte de Cristo e a penetrar no abismo do amor de Deus pelo homem”.


Qual o sentido dos mistérios gloriosos?


JP II: A contemplação do rosto de Cristo não pode parar na imagem do Crucificado. Ele é o Ressuscitado! Contemplando o Ressuscitado, o cristão “descobre novamente as razões da própria fé e revive a alegria daqueles que viram o Ressuscitado.”



Por que o Rosário é conhecido como oração da paz?


JP II: A razão é bem simples e concreta: as dificuldades apresentadas neste início de milênio levam-nos a concluir que somente uma intervenção do Alto é capaz de orientar os corações daqueles que vivem em situações de conflito e daqueles que regem os destinos das nações.
O Rosário é, por natureza, uma oração voltada para a paz, pois consiste na contemplação de Cristo, Príncipe da paz e nossa paz (Ef 2,14).
O Rosário é a oração da paz também pelos frutos de caridade que produz.


Em anos recentes, diariamente e sobretudo nos meses de maio e outubro, muitas famílias rezavam o terço. Será que poderíamos chamar o Rosário de “Oração da família”?

JP II: Com certeza! Desde sempre o Rosário foi oração da família e pela família. Muitos problemas das famílias de hoje derivam do facto de ser cada vez mais difícil juntar os pais e os filhos e os raros momentos em que isso acontece acabam sendo absorvidos pela televisão.
A retomada da recitação do Rosário inseriria na vida diária da família imagens bem diferentes: as do mistério que salva, Jesus Cristo. A família que reza unida reproduz, em certa medida, o clima da família de Nazaré.



Pe. Sóssio Pezzella

3 comentários:

Relações Publicas Elshaday disse...

Intercede por nós Associação meu Querido João Paulo II

Cecilia Eusebio disse...

Querido João Paulo II, estarás sempre no meu coração, eu te peço que intercedas por mim a Deus Pai, pelo Nosso Pe Daniel, que precisa da Tua Força, que Ele seja sempre o Nosso João, que nos abra sempre caminho para nos levar a Jesus!
Beijinhos

MaryzéSilva disse...

Que Deus lhe dê o Eterno descanso e nos conceda a nós a paz aqui na terra!

Amém!