terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Dar a outra face é respeitar o outro


A maior parte de nós conhece esta expressão e reconhece-a como um ensinamento de Jesus. Contudo, acredito que poucos compreendem o alcance, a essência e o verdadeiro significado deste ensinamento. No livro "O Mestre dos Mestres" de Augusto Cury, podemos encontrar uma explicação interessante sobre dar a outra face.



«Cristo não falava da face física, da agressão física que compromete a preservação da vida. Ele falava da face psicológica.

Se fizermos uma análise superficial, poderemos equivocar-nos e crer que dar a outra face é uma atitude frágil e submissa. Todavia, temos de nos perguntar: dar a outra face é um sinal de fraqueza ou de força? Dar a outra face incomoda pouco ou muito uma pessoa agressiva e injusta? Se analisarmos a construção da inteligência, constataremos que dar a outra face não é um sinal de fraqueza, mas de força e segurança. Só uma pessoa forte é capaz de dar a outra face. Só uma pessoa segura dos seus próprios valores é capaz de elogiar o seu agressor. Quem dá a outra face não se esconde, não se intimida, mas enfrenta o outro com tranquilidade e segurança.

Quem dá a outra face não tem medo do agressor, pois não se sente agredido por ele, e nem tem medo da sua própria emoção, pois não é escravo dela. Além disso, nada perturba tanto uma pessoa agressiva como dar-lhe a outra face, como não responder à sua agressividade com agressividade. Dar a outra face incomoda tanto essa pessoa que é capaz de lhe causar insónia. Nada incomoda tanto uma pessoa agressiva como ter para com ela uma atitude complacente.

Dar a outra face é respeitar o outro, é procurar compreender os fundamentos da sua agressividade, é não usar a violência contra a violência, é não se sentir agredido diante das ofensas que lhe desferem. Somente uma pessoa que é livre, segura e que não gravita em torno do que os outros pensam e falam de si é capaz de agir com tanta serenidade.

Cristo era uma pessoa audaciosa, corajosa, que enfrentava sem medo as maiores dificuldades da vida. Era totalmente contra qualquer tipo de violência. Todavia, Ele não discursava sobre a prática da passividade. A humildade que proclamava não era fruto do medo, da submissão passiva, mas da maturidade da personalidade, confeccionada por intermédio de uma emoção segura e serena.

Cristo, através do discurso de dar a outra face, queria proteger a pessoa agredida, fazê-la transcender a agressividade imposta pelo outro e, ao mesmo tempo, educar o agressor, levá-lo a perceber que a sua agressividade é um sinal de fragilidade (...)

Na proposta de Cristo, o agressor passa a rever a sua história e a compreender que se esconde atrás da violência.»



Augusto Cury, em "O Mestre dos Mestres", in Abrigo do Sábios

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz Ano 2012



Algumas sugestões para quem quer começar neste 2012 uma vida nova. 


* Sê como o sol: levanta-te cedo e não te deites tarde.
* Sê como os pássaros: passa o dia a cantar e voa alto.
* Sê como a fruta: bela por fora, saudável por dentro.
* Sê como os recém-nascidos: não tenhas medo da morte.
* Sê como o oásis: dá da tua água a quem tem sede.
* Sê como o rio: caminha sempre para mais além.
* Sê como o pirilampo: mesmo pequeno, brilha sempre.
* Sê como as crianças: não te preocupes da velhice.
* Sê como Maria: diz «sim» à vontade de Deus.
* Sê como José: acredita nos teus bons sonhos.
* Sê como o Menino Jesus: cresce em sabedoria e graça.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Natal é... Jesus!!


Se sentes tristeza, alegra-te!
O Natal é alegria.

Se tens inimigos, reconcilia-te!
O Natal é paz

Se tens amigos, procura-os!
O natal é encontro.

Se tens pobres a teu lado, ajuda-os!
O Natal é dom!

Se tens soberba, enterra-a!
O Natal é humildade.

Se te sentes pecador, converte-te!
O Natal é graça.

Se andas no escuro, acende uma lâmpada!
O Natal é luz.

Se andas no erro, reflecte!
O Natal é verdade.

Se tens ódio, esquece-o!
O Natal é amor.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

TERÇO DA IMACULADA CONCEIÇÃO


(Rezar o Glória ao Pai e o Credo)


Na cruz rezar:
Salve, cruz verdadeira, santificada por Jesus Cristo que em ti morreu para nos salvar. Ó sagrado lenho florido de milagres, cujos braços sempre abertos simbolizam a infinita misericórdia do Redentor, sede minha salvação!


Ó minha Santíssima Virgem, vós que fostes santa e que, pelo arcanjo São Gabriel, fostes avisada de que seríeis mãe, permiti que, se houver alguma sentença má contra mim, seja ela transformada em bem pela sacratíssima paixão e morte de Nosso Senhor Jessus Cristo.


Nas contas do Pai-Nosso, rezar:
Ó Virgem da Conceição, vós sois minha consolação; consolai minha alma e meu triste coração; dai-me nessa vida a graça e na outra a salvação.
Ó Virgem da Conceição, vós dissestes que valaríeis quem por vosso nome chamaste 150 vezes por dia; valei-me, pois, que chegou a ocasião.


Nas contas da Ave-Maria, rezar:
Virgem da Conceição, valei-me!
Virgem da Conceição, socorrei-me!
Virgem da Conceição, cosolai-me!


No final do terço, rezar:
Salve, Rainha...

Oferecimento:
Ó Maria, em vossas mãos ponho esta súplica (.................)
Abençoai-a e apresentai-a a Jesus. Fazei valer vosso amor de Mãe e vosso poder de Rainha.
Ó Maria, eu conto com vosso auxílio; confio em vosso poder; estou seguro de vossa misericórdia.
Ó Mãe de Deus e minha Mãe, rogai por mim.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Carta ao Menino Jesus



Querido menino:
Neste momento em que estas prestes a nascer de novo sobre a terra, quero avisar-te:


Não nasças na Europa cristã.
Deixam-te sozinho diante da televisão,
Enchem-te de pipocas e de guloseimas,
Educam-te a ser competitivo, um homem de poder e de sucesso,
E a ser um "lobo" para os outros meninos africanos,
Latino-americanos ou asiáticos;
Não nasças na cristã América do Norte.
Ensinam-te que és superior aos outros meninos,
Que tudo se pode reduzir a comércio,
Que todos podem ser comprados e corruptos.
Ensinam-te a disparar mísseis e a fazer bloqueios
Que privam de medicamentos outras crianças;
Evita a África.
Nascerias com a SIDA e morrerias de diarreia, apenas recém-nascido,
Ou acabarias refugiado num país que não é o teu,
Para fugir a novas matanças de inocentes;
Evita a América Latina.
Acabas por ser um menino da rua ou então exploram-te
Para cortar cana-de-açúcar ou para colher café e cacau
Para as crianças do norte do mundo,
Sem nunca poderes comer uma só tablete de chocolate;
Evita também a Ásia.
Fazem-te "patrão" trabalhando catorze horas por dia
A fazer tapetes, sapatos de ténis, bolas de futebol e brinquedos
Para dar de presente... no Natal....
Às crianças do norte do mundo,
E tu, descalço, jogas futebol com uma bola de trapos.
Mas sobretudo não nasças de novo na Palestina.
Alguém pode dar-te uma espingarda, outros uma pedra para a mão
E te ensinariam a odiar os irmãos do mesmo Pai:
Os hebreus, os muçulmanos e os cristãos.


Querido Menino, pensando bem;
Deves nascer mesmo em todos esses lugares. Mas não nos corações das crianças, nem nos países “pequenos e frágeis”: Lá, Tu já estás; nasce sim nos corações e nos países “grandes e poderosos” para que, tal como Tu: Deus poderoso que se faz pequeno, renasçam também eles: pequenos, inocentes e finalmente … frágeis.

sábado, 3 de dezembro de 2011



Foi na noite de Natal. Um anjo apareceu a uma família muito rica e falou para a dona da casa. 
- Trago-te uma boa notícia: esta noite o Senhor Jesus virá visitar a tua casa! 
Aquela senhora ficou entusiasmada. Jamais acreditara ser possível que esse milagre acontecesse em sua casa. Tratou de preparar um excelente jantar para receber Jesus. Encomendou frangos, assados, conservas, saladas e vinhos importados.
De repente, tocaram a campainha. Era uma mulher com roupas miseráveis, com aspecto de quem já sofrera muito.
- Senhora, - disse a pobre mulher, - Será que não teria algum serviço para mim? Tenho fome e tenho necessidade de trabalhar.
- Ora bolas! - retorquiu a dona da casa. - Isso são horas de me vir incomodar? Volte outro dia. Agora estou muito atarefada com um jantar para uma visita muito importante.
A pobre mulher retirou-se.  Um pouco mais tarde, um homem, sujo de óleo, veio bater-lhe à porta.        
- Senhora, - disse ele,  - O meu camião avariou aqui mesmo em frente à sua casa. Não teria a senhora, por acaso, um telefone para que eu pudesse comunicar com um mecânico?
 A senhora, como estava ocupadíssima em limpar as pratas, lavar os cristais e os pratos de porcelana, ficou muito irritada.
- Você pensa que minha casa é o quê? Vá procurar um telefone público... Onde já se viu incomodar as pessoas dessa maneira? Por favor, cuide para não sujar a entrada da minha casa com esses pés imundos!
E a anfitriã continuou a preparar o jantar: abriu latas de caviar, colocou o champanhe no frigorífico, escolheu, na adega, os melhores vinhos e preparou os coquetéis.
Nesse momento, alguém lá fora bate palmas. “Será que agora é que é Jesus?” -pensou ela, emocionada. E com o coração a bater acelerado, foi abrir a porta. Mas decepcionou-se: era um menino de rua, todo sujo e mal vestido... 
- Senhora, estou com fome. Dê-me um pouco de comida! 
- Como é que eu te vou dar comida, se nós ainda não jantámos?! Volta amanhã, porque esta noite estou muito atarefada... não te posso dar atenção.
Finalmente o jantar ficou pronto. Toda a família esperava, emocionada, o ilustre visitante. Entretanto, as horas iam passando e Jesus não aparecia. Cansados de tanto esperar, começaram a tomar aqueles coquetéis especiais que, pouco a pouco, já começavam a fazer efeito naqueles estômagos vazios, até que o sono fez com que se esquecessem dos frangos, assados e de todos os pratos saborosos.
De madrugada, a senhora acordou sobressaltada e, com grande espanto, viu que estava junto dela  um anjo. 
- Será que um anjo é capaz de mentir? - gritou ela. - Eu preparei tudo esmeradamente, aguardei a noite inteira e Jesus não apareceu. Por que é que você fez  essa brincadeira comigo?
- Não fui eu que menti... Foi você que não teve olhos para enxergar. -  explicou o anjo. - Jesus esteve aqui em sua casa  três vezes: na pessoa da mulher pobre, na pessoa do motorista e na pessoa do menino faminto, mas a senhora não foi capaz de reconhecê-lo e acolhê-lo em sua casa”.


É preciso estar atento a voz de Jesus. Muitas vezes ele passa em nossas vidas e nós simplesmente não damos por isso, não o acolhemos. O advento é o tempo de estarmos vigilantes e atentos ao Senhor que vem. Aguardemos então a sua vinda com o coração humilde e despido de tudo o que é supérfluo, para assim podermos ver Jesus e não termos a desilusão de ter estado na sua presença e não o termos reconhecido.